quarta-feira, 27 de maio de 2009

25k Corpore reúne cinco mil pessoas na USP domingo




Benedito não suportou a pressão e ficou com o vice
Benedito não suportou a pressão e ficou com o vice
Foto: Eduardo Iezzi/ www.webrun.com.br
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Na manhã do último domingo a Cidade Universitária da USP recebeu a edição 2009 dos 25k Corpore, competição com distâncias de 25 e 12,5 quilômetros que juntas reuniram cinco mil corredores. A vitória na prova maior ficou com Franklin Barcelos e Elisabeth Esteves, enquanto na prova menor José Rodrigues dos Santos e Beatriz Nascimento foram os melhores.

Nos 12,5 quilômetros, José Rodrigues e Benedito Donizetti não aliviaram durante todo o percurso e chegaram a rodar num ritmo de três minutos por quilômetro, mas a partir do quilômetro 10 José acelerou para cruzar a linha em 38min49. “O segundo colocado sempre foi um adversário forte, aliás, é um dos melhores corredores do país”, avalia o campeão. O nível estava tão alto, que os quatro primeiros atletas baixaram o tempo recorde da prova. Benedito fechou com 39min10 e Fábio do Nascimento cruzou em terceiro com 39min38.

Já entre as mulheres, Beatriz Nascimento ficou com mais um título, já que ano passado havia conquistado o primeiro posto nas duplas, correndo os 25 quilômetros. “Hoje meu objetivo era fazer uma prova de boa para melhor. Objetivo realizado”, comenta. A segunda posição ficou com Jucimara Félix dos Santos com 48min35 e a terceira com Francine do Amaral Lopes, que marcou 52min41.

25 km - Na competição principal as disputas também foram acirradas e os dois primeiros colocados entre os homens baixaram o tempo recorde da prova. Franklin cruzou em primeiro com 1h20min39, seguido por Jailson Araujo dos Anjos com 1h20min48 e Sivaldo Santos Viana com 1h21min50. “É a primeira vez que eu faço 25km, então pra mim foi uma superação. Consegui largar bem e manter a ponta, mas nos últimos quatro quilômetros senti muitas dores e câimbra, mas graças a Deus consegui a vitória”, conta o vencedor.

Já no feminino, Elisabeth largou atrasada, mas mesmo assim conseguiu ultrapassar as adversárias e faturar o primeiro posto com 1h40min48. Ela foi seguida por Angelina das Graças Rafael com 1h43min48 e Vivian de Oliveira com 1h45min34.

Quem também esteve presente foi o ultramaratonista Luciano Alves, que usou a prova como preparação para a Ultramaratona Rio 24h, a ser realizada em novembro. “Meu treinamento está totalmente voltado para essa prova. Ano passado fiquei na liderança durante 18 horas, minha musculatura travou e eu não tive condições de voltar para a prova”, afirma o atleta que venceu os 25k em sua faixa etária. 

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Correr vira estilo de vida nas metrópoles

Não precisa pagar mensalidade nem cumprir horário. Só é preciso um caminho e um bom par de tênis. A recompensa aparece logo: emagrecimento, manutenção do peso e disposição, mesmo para quem não abre mão dos prazeres à mesa. Por isso a corrida de rua é o esporte que mais cresce no mundo. E ser corredor vem extrapolando os limites da forma física e se tornando um estilo de vida, especialmente nas metrópoles. 

A Corpore, uma associação de corredores sem fins lucrativos com sede em São Paulo, tinha 227 mil praticantes cadastrados no final de 2008, um crescimento de 24,7% em relação a 2007 e 26 vezes maior do que o número registrado em 1997, quando a entidade contabilizava 8,5 mil corredores no Brasil. A entidade, fundada em 1982, foi criada para apoiar maratonistas brasileiros que corriam no exterior, como Joaquim Cruz, medalhista de prata em Olimpíada. Na época, seus associados eram atletas porque a legislação não permitia profissionalização de maratonistas. 

Nos anos 90, o número de corredores amadores começou a aumentar. "No fim dos anos 80, a maioria dos praticantes corria por recomendação médica. Depois o foco mudou para a forma física e o que vemos hoje é que a corrida se tornou um estilo de vida", analisa o presidente da Corpore, o psicoterapeuta David Cytrynowicz, de 61 anos. 

Sua história é parecida com a de muitos: apesar de praticar esportes desde criança, achava que não seria capaz de correr. Aos 40 anos, descobriu que podia. "Eu entrei pela boca, para perder peso porque adoro comer. E para ser maratonista você é obrigado a comer massa." 

As corridas de rua perderam o foco na competição e se transformaram em eventos de lazer e confraternização. Enquanto alguns gostam de correr sozinhos e veem no esporte a chance de um momento de introspecção, boa parte dos esportistas tem vida social em torno da corrida. Ter companhia é um dos motivos que levam os corredores a associarem-se a uma equipe. Na orla do Aterro do Flamengo, Leblon, Ipanema e Lagoa, no Rio, há mais de dez de tendas onde, por um preço menor do que o de uma academia, os corredores têm treinamento individual.

Os alunos do professor de educação física Adevan Pereira, dono de uma tenda na Praia do Leblon, recebem uma planilha de treinos mensalmente. Além da corrida na pista, ele criou um circuito na areia para fortalecer diferentes músculos da perna. Os alunos também recebem ajuda para se alongarem. 

Entre os clientes, há corredores de todos os níveis. A dona de casa Ana Lucia Araújo, de 58 anos, com histórico de lesão no joelho, foi atraída pela possibilidade de fazer atividade física ao ar livre. "Sempre fiz academia e estava cansada daquele ambiente. Eu ainda vou conseguir correr", diz ela, que treina na areia e faz caminhadas moderadas. 

Com o mesmo treinador, o arquiteto Marcelo Baraúna, de 47, prepara-se para sua primeira maratona, em junho. Ele virou corredor porque jogava tênis e queria fortalecer a parte aeróbica, mas estava cansado da esteira. "Hoje posso dizer que estou viciado em correr". 

A shiatsuterapeuta Mônca Vilela, de 48, fazia balé e achava que o esporte não era para ela. Incentivada por amigos, decidiu-se pela meta de dar a volta na Lagoa, com cerca de 8 km, e em pouco tempo estava participando de corridas de 10km, a preferida dos amadores. "É sempre um desafio. E você acaba levando essa superação para resolver os seus problemas na vida."

Cuidados

Apesar de ser um esporte que pode ser praticado por qualquer pessoa, a corrida pode provocar lesões e até a morte, como foi o caso do brasileiro José Carlos Gomes, de 58 anos, que morreu na Maratona de Nova York, no ano passado. “A atividade física melhora o coração, mas se ele estiver fraco demais ou houver uma doença cardíaca preexistente e ignorada, pode matar”, explica o médico de esporte Miltom Mizumoto.

Por isso, antes de começar a correr, especialmente homens acima de 35 anos e mulheres acima de 45 devem fazer um eletrocardiograma de esforço e um hemograma, recomenda. Entre os benefícios da corrida estão a melhora no condicionamento físico e a prevenção ou melhora da diabete e da pressão arterial. Nos primeiros três meses, já se consegue a melhora na saúde. Depois disso, começam os ganhos na performance. Mas o médico pondera. “Se botar treino em cima de treino, o músculo estoura. Comer e não fazer nada também tem de fazer parte do treinamento.”

domingo, 10 de maio de 2009

Quase nove mil pessoas participam da Corrida Graacc em SP

Amadores
Quem também festejou muito foram os amadores, que deixaram a preguiça em casa e correram para ajudar a instituição que a cada ano ajuda mais crianças a se livrarem do câncer. É o caso de Rosely Vasques, que adorou a prova. “A gente tem um pique diferente quando é corrida, porque acorda cedo, vem e nem pensa se está chovendo ou frio”. Ela relata ainda que mesmo não tendo pessoas na família que sofrem com o câncer, fica sensibilizada com o problema e faz questão de ajudar o Graacc. “Eles fazem um trabalho muito bonito e muito forte”, ressalta a competidora que ainda teria que correr para almoçar com a mãe.

Outro que aproveitou a festa foi Ludovico Balogh Filho, que não tem conseguido treinar como gostaria. “Devido ao meu trabalho, tive que diminuir os treinos, mesmo assim hoje corri seis minutos mais rápido do que meu tempo”, comemora. Participante assíduo da prova, ele corre desde a primeira edição. “A Corpore melhora a cada ano e desta vez foi muito bem organizada”, enfatiza.

Eduardo Gomes desafiou seu limite e correu pela primeira vez uma disputa de 10 quilômetros. “Meu limite é de cinco quilômetros, porque eu estava parado, mas consegui enfrentar os 10 e fazer um bom tempo”, comemora. “É importante participar de uma prova como essa, o Graacc precisa desta ajuda”.

A disputa teve ainda presença de atletas internacionais, representados pelo casal da Venezuela Auzilene e Frank Kwain, que se mudaram recentemente para o Brasil. “Queríamos participar de um evento esportivo e também ajudar o Graacc. Estamos treinando há quatro meses e adoramos correr aqui”, relata Auzilene.

Graacc - Para o Dr. Sérgio Petrilli, Superintendente Geral do Graacc, a competição tem três objetivos primordiais relacionados com a entidade. “Essa é a corrida em São Paulo que chama a atenção para o câncer nas crianças, fala sobre o Graacc e arrecada dinheiro que ajuda a cobrir um déficit que o hospital tem”. Segundo ele, hoje 70% dos casos diagnosticados tem cura e a cada ano que passa a população se conscientiza mais sobre o problema. Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho e fazer doações, pode acessar o site www.graacc.org.br .

A próxima competição com organização da Corpore será os 25 km, prova a ser realizada no dia 24 de maio na USP. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site www.corpore.org.br